domingo, 24 de outubro de 2010

O jovem que não se preocupa,mas finge.

Passava em um dia desses pelo Parcão em Porto Alegre,quando vi um cara tentando conseguir contribuintes(clientes) para o Greenpeace,que acho que é o programa eco-hipócrita mais sucedido no Brasil.
O Greenpeace pra quem não sabe é uma ONG(Organização NÃO Governamental),porém recebe dinheiro do Governo. Estranho. O Greenpeace ele arrecada 150 milhões de dólores. Se este dinheiro fosse realmente usado para cuidar das riquezas naturais,o Brasil não estaria com níveis tão altos de poluição.
Mas o Greenpeace não é meu foco,o meu foco é: por que aquele jovem me intrigou?

Estamos em época de campanha. Conversei com muitos amigos que estudam em colégios particulares de altíssimo padrão e perguntei suas intenções de voto. A resposta que ouvi da maioria foi: Não gosto de política.
Depois eu insistia e a segunda resposta era: Acho que na Marina porque ela vai cuidar do meio ambiente.
Então eu questionava os planos de Marina para a economia brasileira,ja que governar um país não é apenas cuidar das florestas.
A terceira resposta era a mais assustadora: Realmente não entendo de política e não faço muita questão. Voto em quem eu acho melhor,e acho que a Marina por cuidar do meio ambiente é a melhor!

Gente,fala sério!

Marina Silva foi Ministra de Lula por 4 anos e nada fez pelas florestas. Saiu do PT para o PV. Marina é formada em história,nunca atuou no mercado de trabalho em área administrativa e nunca teve cargos executivos,só teve cargos parlamentares. Não sabe administrar. E a presidência da República não seria o melhor estágio.
Devem estar pensando o motivo de eu estar apedrejando a Marina pós campanha. A questão é que meu objetivo é mostrar através disso uma coisa:
O jovem Classe A de hoje,se considera esclarecido se entende do meio ambiente. Pra ele economia que se foda! A bolsa de valores,o Real,o Dólar,não interessa! A plantinha tem que ta grande e o chão não pode tá sujo!
Este que é o problema: O jovem se preocupa com o futuro de seus netos na questão ambiental,mas não se preocupa com o seu próprio. De que adianta vivermos arborizados com miséria nas ruas? Com empresas quebradas? Nada!
Simplesmente nada!
Ele não quer se informar,prefere ficar com o que parece mais certo,sendo que ele tem condição.
Se é um menino pobre,eu entendo. Mas o jovem com condições é inadmissível.
Não é bonito não se preocupar com a sociedade. Mas dá trabalho se preocupar. Por isso,muitos fingem e acham legal a catástrofe política que estamos.

3 comentários:

  1. Gostei do teu jeito de escrever e achei tua argumentação muito boa.
    Acompanharei teu blog!


    Bj!

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Acredito que a forma de eleger os representantes é que está errada. No caso de presidente, por exemplo, são poucas as opções e quando não concordamos com as abordagens e propostas, fazer o quê? Anular? Que efeito isto acarretaria? Votar em branco e passar teu voto para o mais votado? Votar na legenda?
    O carrossel partidário não respeita mais lógica nenhuma, a não ser a conveniência. Como confiar nos candidatos que, por mais boa fé que tenham e estejam vinculados a um partido com um mínimo de coerência, estejam coligados com outros tantos partidos que lutam contra o que você acredita?
    Eu, diferentemente dos eleitores pesquisados por ti, voto pela reforma política, pois da forma que estão as coisas, não sobram muitas opções. Por mais consciência política que se tenha, você não consegue escapar das sinucas burocráticas que todos os governantes impõem. O problema é que todos eles prometem encaminhar uma reforma política em seu governo, portanto, tanto faz em quem você votar, todos têm promessas parecidas, a questão é cobrar de qualquer um, mas sob que preço? Não deveria existir um setor para fiscalizar o andamento das coisas ou este setor somos nós mesmos? Devemos diminuir o tempo que temos para ocupar uma parte acompanhando o que andam fazendo aqueles em que votamos?
    O indivíduo sozinho só se torna cidadão em coletividade, caso contrário não é ouvido, prova disso são os abaixos assinados e manifestações onde quanto mais pessoas maior o efeito. Isso não deveria ser necessário, pois existem representantes eleitos por nós que deveriam fazer esta fiscalização.
    Não vou terminar o comentário sem dizer uma opção que acredito ser uma das poucas possíveis, na realidade em que vivemos. Uma solução seria tentar eleger deputados com propostas alinhadas com suas crenças e, por meio deles, tentar pressionar aprovações relevantes para a sociedade, afinal, não é assim que funcionam as coisas? Infelizmente não, pois você sempre esbarrará na maioridade do partido da oposição, por exemplo, e aí é que está o equívoco na política atual, as casas julgam os méritos por proximidade partidária e não por qualquer outro tipo de necessidade.
    Tens alguma dica?

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